Haddad analisa proposta de nova Ceagesp na zona norte da capital

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CUSTOS – Ideia é que a iniciativa privada construa uma unidade mais moderna, próxima de vias importantes como o Rodoanel; estimativa de custo da transferência é de R$ 3 bi a R$ 4 bi

A gestão Fernando Haddad (PT) vai analisar a viabilidade da transferência da Ceagesp, o maior entreposto de alimentos da América Latina, hoje na Vila Leopoldina (zona oeste), para um terreno na região de Perus (zona norte da capital). Uma empresa, cujo nome não foi revelado, apresentará uma nova área por meio de uma proposta de interesse privado nos próximos dias.

A ideia é que a iniciativa privada construa uma unidade mais moderna, próxima de rodovias importantes como o Rodoanel. A estimativa de custo da transferência é de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões.

O entreposto, num terreno de 700 mil m², hoje atrai grande fluxo de caminhões para as já congestionadas marginais Tietê e Pinheiros. Além disso, colabora para a degradação de uma área residencial bastante valorizada por empreendimentos residenciais de alto padrão.

O local é administrado pela União, que trata do assunto com a prefeitura. No ano passado, foi assinado um termo de cooperação entre os ministérios da Agricultura e do Planejamento e o município. Haddad argumenta que a apresentação do terreno deve resolver o último impasse, que é mostrar que a transferência é viável.

Desde o início da gestão, o prefeito defende a transferência da Ceagesp, valorizada por mudanças na nova lei de zoneamento. “Não faz sentido a União manter aquele equipamento numa zona nobre da cidade se há um local mais adequado para o entreposto que é próximo do Rodoanel, próximo de rodovias importantes, num bairro que precisa de emprego”, diz.

A estimativa é que circulem pela Ceagesp diariamente cerca de 50 mil pessoas, 12 mil veículos e 11 mil toneladas de alimentos frescos. O prefeito falou em reunião do Conselho da Cidade nesta terça-feira (5). O grupo composto por “notáveis” foi criado por Haddad para discutir políticas públicas.

Foto: Lalo de Almeida/Folhapress