Os servidores técnico-administrativos da USP (Universidade de São Paulo) decidiram nesta segunda-feira (18) encerrar a greve que já durava 67 dias. O Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) definiu em assembleia retornar ao trabalho nesta terça (19).
Segundo Magno Carvalho, diretor do Sintusp, o corte de salário de parte dos grevistas foi o principal motivo para o fim do movimento. “Ficamos sozinho na greve e com funcionários sem salário pelo segundo mês consecutivo, passando até fome. Vamos ter que voltar à luta em agosto”, disse Carvalho.
Os servidores exigiam reajuste salarial de 12,34%, entre outros pontos. O percentual representava 9,34% de reposição da inflação e 3% referentes a perdas anteriores. A reitoria ofereceu reajuste de 3%, índice que já começou a ser pago a partir de maio.
A Adusp (Associação de Docentes da USP) já havia decidido pelo encerramento da greve dos professores no dia 30 de junho. Como a universidade entrou em férias, a mobilização dos estudantes – que também decretaram greve – diminuiu. A ocupação no prédio administrativo da ECA (Escola de Comunicação e Artes) foi encerrada na semana passada.
Já os médicos do HU (Hospital Universitário) continuam em greve pelo menos até esta quarta (20), quando farão uma assembleia. Esses profissionais entraram em greve no dia 30 de maio exigindo novas contratações na unidade.