Grupos ‘invadem’ a avenida Paulista e pedem a saída definitiva de Dilma

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AUSENTE – O MBL (Movimento Brasil Livre), que havia marcado a manifestação para este domingo, cancelou sua participação; monarquistas distribuíram panfletos na via

Movimentos que pedem a saída definitiva da presidente afastada, Dilma Rousseff, fizeram ato na avenida Paulista, em São Paulo, na tarde deste domingo (31). O ato reuniu menos pessoas do que nas ocasiões anteriores, como organizadores já esperavam. O MBL (Movimento Brasil Livre), que havia marcado a manifestação para este domingo, cancelou sua participação. Segundo justificativa do grupo, o MBL fará um protesto mais próximo da data da decisão final do impeachment no Senado – a previsão da votação é 29 de agosto.

O carro do Vem Pra Rua, um dos movimentos pró-impeachment com mais adeptos, permaneceu próximo ao prédio da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo). A Fiesp foi uma das apoiadoras da saída de Dilma. O presidente da entidade, Paulo Skaf, é do PMDB, partido do presidente interino, Michel Temer.

Também havia carros do MCC (Movimento Contra a Corrupção), em frente ao Masp, do Avança Brasil, no cruzamento com a rua Pamplona, e de um grupo que pede a intervenção militar, próximo à avenida Brigadeiro Luís Antonio.

O MCC quer a prisão do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. Os simpatizantes da intervenção militar exibem um boneco inflável gigante que representa um soldado do Exército.

Diversos grupos de direita e até monarquistas distribuíram panfletos. O público misturava-se aos ciclistas e frequentadores da Paulista aos domingos, quando a via fica fechada para veículos até as 16h.

O Vem Pra Rua anunciou a presença do cantor Paulo Ricardo, que deveria subir no carro do movimento. Ambulantes venderam minipixulecos (bonecos infláveis) que representam Lula vestido de presidiário e o juiz federal Sergio Moro, responsável pela Lava Jato, como super-herói.