Incor SP festeja mil transplantes de coração e pulmão em 31 anos

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CIRURGIAS – No período, foram realizados 563 transplantes de coração em adultos, 230 de coração infantil e 286 de pulmão, chegando a 1.080 cirurgias até 30 de julho deste ano

O Instituto do Coração (Incor), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, comemorou nesta segunda-feira (1º) a marca dos mil transplantes de coração e pulmão desde o início desse tipo de procedimento, em 1985. No período, foram realizados 563 transplantes de coração em adultos, 230 de coração infantil e 286 de pulmão, chegando a 1.080 cirurgias até 30 de julho deste ano.

O Incor é responsável por mais de 40% do total de transplantes de coração feitos no estado de São Paulo . Em 2015, foram 59 cirurgias de um total de 141. O Incor também respondeu por 38% dos transplantes de pulmão, com 24 procedimentos, de um total de 63 em todo estado. Neste ano, já foram feitos no Incor 22 transplantes de coração, 21 de pulmão e seis de coração infantil.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, que participou da solenidade alusiva aos mil transplantes, ressaltou que o governo e o Sistema Único de Saúde (SUS) apoiam o Incor, já que 95% dos transplantes são feitos pelo sistema. “A qualidade dos transplantes é muito importante. O Brasil é protagonista nessa área. Nós queremos que continue sendo. Por isso, minha presença representando o governo federal”, disse.

O presidente do conselho diretor do Incor, Roberto Kalil Filho, afirmou que o Brasil já tem muitos doadores, mas ainda está aquém do necessário, ocupando ainda uma posição não muito boa neste sentido. “Por isso, as campanhas para estimular a doação são muito importantes. Pela lei, já existem decretos dizendo que a pessoa é doadora automática. Mas as famílias têm que autorizar. O importante, além de ser um doador, é a família se conscientizar de que cada órgão salva uma vida e autorizar [a doação]”.

O professor universitário Elias Manoel da Silva tem 53 anos e fez o milésimo transplante realizado no Incor em setembro de 2015. Ele contou que não precisou esperar muito tempo por um coração novo, pois foi internado em 1º de julho com o coração dilatado e, logo depois, a cirurgia foi feita. Segundo ele, o transplante fez com que ele visse a possibilidade de realizar atividades que nunca achou que pudesse fazer.