O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes classificou nesta segunda-feira (1º) de uma ação política a decisão da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de recorrer ao Comitê de Direitos Humanos da ONU contra o juiz Sergio Moro, acusando-o de violar direitos.
Para Mendes, a movimentação dos defenderes de Lula foi “precipitada” e não deve ser avaliada no campo jurídico. “No mínimo, eu diria que era uma ação [de ir à ONU] precipitada, mas deve ter uma lógica no campo político, onde o presidente atua com maestria. Não me parece que seja questão de ser analisada no plano jurídico. Me parece que é mais uma ação de índole política”, afirmou.
Para a defesa do ex-presidente, Moro também antecipou juízo de valor ao imputar crimes ao petista em documento ao STF (Supremo Tribunal Federal). Os advogados sustentam que o Brasil assinou um protocolo de adesão a um pacto internacional de proteção aos direitos humanos em 2009, que está sendo desrespeitado com as atitudes do juiz.