Quadrilha presa em SP realizava ‘rifa obrigatória’ para financiar os crimes

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EXPLOSIVOS – Além de organização criminosa, furto agravado por uso de explosivos, porte ilegal de arma de fogo, o grupo responderá por roubo de veículos

Um grupo de dez pessoas responsável por sete casos de explosão em caixas eletrônicos no Estado de São Paulo foi preso na madrugada desta quinta (4) pela Polícia Civil. Segundo Alexandre Batalha, um dos delegados responsáveis pela investigação, a quadrilha financiava a compra de armas e explosivos para as ações criminosas realizando uma “rifa obrigatória” em comunidades na zona leste da cidade de São Paulo.

“Eles obrigavam pessoas a pagar um valor em troca de um número de rifa valendo um carro de luxo. Estamos investigando e, em breve, iremos prender outros possíveis envolvidos”, disse.

Cerca de 150 policiais em 70 viaturas deram cumprimento aos dez mandados de prisão e 30 de busca e apreensão, expedidos pela Justiça. Durante a ação, os agentes apreenderam drogas, munições, uma pistola e até um fuzil AK-47.

A quadrilha era monitorada pela Unidade de Inteligência Policial (UIP) do Departamento de Polícia Judiciária da Grande São Paulo (Demacro), em uma investigação conduzida pela Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes.

Os dez presos teriam agido em Mogi das Cruzes, Cajamar, Várzea Paulista, Valinhos, Campinas, Itararé e Itatiba. “Com essas prisões, poderemos solucionar outros casos similares”, disse Batalha. De acordo com os policiais, o grupo foi detido enquanto planejava outros ataques. Os próximos alvos seriam em Salesópolis, Jacareí, Aparecida, Itanhaém e São Roque.

Além de organização criminosa, furto agravado por uso de explosivos, porte ilegal de arma de fogo, o grupo responderá por roubo de veículos. Durante as ações, eles assaltavam motoristas e abandonavam os carros nas proximidades.