Na av. Paulista, Erundina faz campanha por debate e busca apoio da juventude

Único jornal diário gratuito no metrô

Cercada por cabeças grisalhas como a sua própria, a candidata do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Luiza Erundina, começou a caminhada na avenida Paulista neste domingo (7). A ex-prefeita (que governou a capital paulistana de 1989 a 1992) e deputada federal faz uma campanha para tentar assegurar sua participação nos debates de televisão – com apenas seis deputados, o PSOL não tem o quórum mínimo para que a presença de seus candidatos seja obrigatória, segundo a nova lei eleitoral.

Pela lei, os candidatos que têm participação assegurada são Celso Russomanno (PRB), Fernando Haddad (PT), João Doria (PSDB), Marta Suplicy (PMDB) e Major Olímpio (Solidariedade). Ficam de fora, além de Erundina, terceira colocada na última pesquisa Datafolha, nanicos como Ricardo Young (Rede), Levy Fidélix (PRTB) e João Bico (PSDC).

Ao lado de seu vice, o também deputado Ivan Valente (PSOL) e do candidato a vereador pelo PT Nabil Bonduki, Erundina criticou o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Essa cláusula é uma vingança do Cunha contra o PSOL, que fomos os principais responsáveis pela sua derrubada”, afirmou.

Ela afirma que exigir um número mínimo de parlamentares para participação nos debates é uma “cláusula de barreira” velada. O partido protocolou no Supremo Tribunal Federal uma ação que questiona a constitucionalidade da cláusula.

Na caminhada pela Paulista fechada para carros, Erundina também busca se tornar conhecida entre os eleitores mais jovens, que compõem boa parte do eleitorado do PSOL. Era possível notar que a grande maioria dos militantes do partido, uniformizados e distribuindo panfletos, estava na faixa dos 20 anos.