Campanha de vacinação antirrábica começa em SP após 1 ano suspensa


RAIVA – De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, São Paulo não registra casos de raiva humana desde 1981; a imunização deve ser aplicada em cães e gatos

Começa nesta segunda-feira (15) a campanha de vacinação antirrábica para cães e gatos. A meta da Secretaria Municipal de Saúde é imunizar 900 mil animais entre os dias 15 e 28 de agosto. No ano passado, a campanha foi suspensa, o que gerou preocupação entre profissionais de saúde e veterinários.

A raiva é uma doença viral transmitida pela saliva de animais infectados, como cães, gatos e morcegos. Ela afeta o sistema nervoso e gera danos à coordenação motora. Em humanos, é fatal em quase 100% dos casos. A vacinação anual para controle da doença nos animais é apontada medida de prevenção principal contra o contágio humano.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, São Paulo não registra casos de raiva humana desde 1981. Em animais, o último caso registrado foi em 2011, quando um gato foi contaminado por um morcego. Sobre a suspensão da campanha do ano passado, a preocupação existe porque a imunização tem validade de um ano.

Segundo o Centro de Controle de Zoonoses, da prefeitura, a suspensão ocorreu por conta de falhas no recebimento das vacinas, distribuídas aos Estados pelo Ministério da Saúde. A imunização gratuita continuou sendo oferecida em 23 postos fixos de vacinação.

“É perigoso haver falhas na vacinação, levamos décadas para erradicar o vírus. Esperamos que este ano tudo ocorra normalmente”, diz Marco Ciampi, presidente da ONG de proteção animal Arca Brasil. “O ideal seria que proprietário tivesse fácil acesso gratuito à vacina durante todo o ano. É complicado gerenciar a vacinação de um grande número de animais em dez ou 20 dias”, diz.

 

Focinheiras para cães e caixas para gatos são indispensáveis

Todos os cães e gatos com mais de três meses de idade devem receber a vacina – inclusive as fêmeas que estiverem amamentando, prenhas ou no cio -, exceto os doentes (animais com diarreia, secreção ocular ou nasal, sem apetite, convalescentes de cirurgias ou outras enfermidades).

Os cães deverão ser levados aos postos com coleira e guia. O uso de focinheira é obrigatório para animais bravos. Já os gatos devem ser transportados em caixas para evitar fugas ou acidentes com outros animais.