SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – James Feigen, 26, último nadador americano envolvido no caso do assalto forjado durante os Jogos Olímpicos do Rio a prestar depoimento, chegou a um acordo com a Justiça e terá que pagar R$ 35 mil para sair do país.
Segundo o advogado do atleta Breno Melaragano afirmou à agência de notícias Associated Press, o valor será doado “a uma instituição” como parte de um acordo. Após o pagamento, Feigen receberá seu passaporte e poderá embarcar de volta para os Estados Unidos.
Os outros três envolvidos já saíram do país. Ryan Lochte, 32, que chegou a descrever o suposto assalto a redes americanas, está nos EUA desde segunda (15). Já Gunnar Bentz, 20, e Jack Conger, 21, prestaram depoimento nesta quinta (18) e embarcaram em seguida de volta ao país de origem.
Segundo a Polícia Civil, os nadadores ainda não foram indiciados, mas ao menos Lochte e Feigen devem responder, nos próximos dias, por depredação de patrimônio e falsa comunicação de crime.
Fernando Veloso, chefe da Polícia Civil, disse que Bentz e Conger afirmaram não ter havido assalto ao grupo de atletas do país, na madrugada do último domingo (14). Um deles teria dito textualmente que a versão divulgada pelo colega Ryan Lochte era mentirosa.
“Pessoas que influenciam um grupo de pessoas precisam ter um comportamento adequado. Deveriam pedir a desculpa para o carioca por essa versão fantasiosa. Seria digno fazerem isso”, disse o chefe de Polícia Civil do Rio.
O Comitê Olímpico dos EUA já pediu desculpas pelas atitudes dos nadadores.
“O comportamento desses atletas não é aceitável, nem representa os valores do time americano ou a conduta da vasta maioria de seus membros”, afirmou Scott Blackmun, diretor-executivo do comitê. “Em nome do Comitê Olímpico dos Estados Unidos, nós pedimos desculpas para nossos anfitriões no Rio e para o povo do Brasil”.