THAIS BILENKY
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O candidato a prefeito de São Paulo Celso Russomanno (PRB) disse que esperava sua queda nas pesquisas de intenção de voto, como mostrou o Datafolha, mas negou que sua posição restritiva sobre o Uber seja a causa.
“Os outros candidatos têm mais tempo de televisão, e isso é um fator determinante”, argumentou, após palestra na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), nesta segunda-feira(19).
“A gente já sabia que isso ia acontecer. Estamos acompanhando como também estamos acompanhando o nosso crescimento no voto espontâneo”, afirmou.
Na sexta, o Datafolha revelou que a intenção de voto em Russomanno caiu de 31% para 26%, o que o levou a empate técnico com Marta Suplicy (PMDB), que registrou 21%.
O voto espontâneo do deputado subiu de 11% para 16% desde final de agosto.
Há cerca de duas semanas, Russomanno chegou a dizer que proibiria o Uber à rádio CBN, porque o aplicativo atuava na “ilegalidade”.
Agora ele baixou o tom dizendo que regularia o serviço de modo a não prejudicar o motorista.
“Precisa regulamentar para não ter concorrência predatória. Precisamos estabelecer limites”, disse.
Quando questionado se via na polêmica o motivo de seu desempenho nas pesquisas, ele desconversou. “Agora eles [os outros candidatos] repetem o que eu estava falando. Todo mundo está falando na questão da regulamentação. Esse é o meu discurso desde o começo”, disse.
JORNADA DE TRABALHO
Sobre a proposta de reforma trabalhista, Russomanno chegou a dizer durante a entrevista que era “contra” o aumento da jornada de 8 para 12 horas diárias “da forma como está sendo colocado”. Solicitado a explicar o posicionamento, ele disse que “examinaria o texto antes de comentá-lo”.
Russomanno ainda declarou voto a favor da cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).