LUÍS CURRO, ENVIADO ESPECIAL
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Restando ainda cinco dias e meio de competições, o atletismo paraolímpico brasileiro já ultrapassou na Rio-2016 o número de pódios registrado em Londres-2012.
Nesta terça (13), com a conquista de mais três medalhas (um ouro, uma prata e um bronze), chegou a 20 (sete de ouro, oito de prata e cinco de bronze). Na Inglaterra, foram 18 (sete ouros, oito pratas e três bronzes).
Já é o melhor desempenho nacional do esporte -que engloba disputas de pista (corridas) e campo (saltos, arremessos e lançamentos)-na história da Paraolimpíada.
Com esse avanço, o atletismo, no duelo dos esportes mais nobres dos Jogos, desbancou a natação e tornou-se o carro-chefe do Brasil na tábua de medalhas da Rio-2016.
Em Londres, a natação superou o atletismo no total de ouros: 9 a 7.
Uma das razões para a mudança agora é a queda na performance de Andre Brasil.
Dono de três ouros em 2012, o nadador de 32 anos não faturou nenhum até agora depois de disputar três provas. Ganhou “apenas” um bronze.
FUNDAMENTAL PARA A META
O atletismo tem sido vital para a pretensão do Comitê Paralímpico Brasileiro de encerrar os Jogos entre os cinco primeiros colocados, pelo número de ouros. O país está justamente em quinto lugar. Austrália e Nova Zelândia são os concorrentes mais próximos: sete ouros cada um.
Dos dez ouros do Brasil até às 12h30 desta terça, sete tinham sido do atletismo.
Subiram ao lugar mais alto do pódio no Engenhão: Petrúcio dos Santos (100 m), Daniel Martins (400 m), Alessandro Rodrigo Silva e Claudiney dos Santos (ambos no lançamento do disco, em categorias diferentes), Ricardo de Oliveira (salto em distância), Shirlene Coelho (lançamento do dardo) e o revezamento 4 x 100 m (para deficientes visuais).
Na Rio-2016, duas medalhas douradas vieram da natação, com o supercampeão Daniel Dias (são 12 os ouros entre as 20 medalhas que ele tem em Paraolimpíadas), e uma da bocha.