DEMISSÕES – Apesar de o resultado ter sido negativo, houve melhora em relação ao volume de demissões ocorridas em agosto de 2015, quando foram encerradas 86,5 mil vagas
Pelo 17º mês consecutivo, o mercado de trabalho brasileiro demitiu mais do que contratou. Em agosto, o país fechou 34 mil postos de trabalho com carteira assinada, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Ministério do Trabalho.
Apesar de o resultado ter sido negativo, houve melhora em relação ao volume de demissões ocorridas em agosto de 2015, quando foram encerradas 86,5 mil vagas. O Ministério do Trabalho avaliou que a perda de empregos “foi significativamente menor” que no mesmo período do ano passado.
No acumulado do ano, no entanto, o resultado continua batendo recorde negativo. De janeiro a agosto, foram fechadas 651,3 mil vagas. É o pior resultado da série histórica do governo, que tem início em 2002.
No ano passado, esse saldo estava negativo em 572,8 mil nos oito primeiros meses. Nos outros anos, o resultado acumulado era positivo – ou seja, as contratações superavam as demissões.
Em 12 meses, o país acumula uma perda de 1,7 milhão de vagas de trabalho.
Contratações na indústria
evitam desempenho pior
O fechamento de vagas em agosto não foi maior devido às contratações na indústria de transformação. O setor gerou 6,3 mil postos de trabalho no mês passado. Esse resultado foi puxado principalmente pela área de alimentação e bebidas, que fez 8,68 mil novas contratações e pela indústria de calçados e têxtil, que abriram, cada uma, mais de 2.000 postos de emprego formal. Por outro lado, a maior redução foi na indústria de borracha, fumo e couros, que fechou 3,8 mil vagas.
Os outros setores que criaram vagas no mês passado foram a indústria extrativa mineral (366) e o comércio (888). O setor que mais demitiu em agosto foi a construção civil (22,1 mil), seguido pela agricultura (15,4 mil) e pelo setor de serviços (3,01 mil).