Entre 200 e 300 presos fogem de hospital psiquiátrico na Grande SP

SÃO PAULO, SP, 17.10.2016: REBELIÃO-SP - Uma rebelião de presos no Hospital de Custódia de Tratamento Psiquiátrico I "Prof. André Teixeira Lima", em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, teve fuga de detentos e fogo no início da noite desta segunda-feira (17). Os presos colocaram fogo em vários pavilhões do presídio. A polícia está no local e conseguiu recapturar alguns detentos. (Foto: Fabio Braga/Folhapress)
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REBELIÃO – A fuga em massa ocorreu no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico 1 de Franco da Rocha no fi9nal da tarde desta segunda (17); presos fizeram rebelião

Uma fuga em massa ocorreu em uma unidade prisional no fim da tarde desta segunda-feira (17) em Franco da Rocha (Grande São Paulo). O caso se soma a uma série de incidentes, que incluem uma fuga em massa há pouco mais de um mês. De acordo com informações preliminares da Polícia Militar, entre 200 e 300 presos fugiram do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico 1. Até às 21h, cerca de 18 presos haviam sido recapturados.

A reportagem conversou com agentes penitenciários. Eles afirmaram que os detentos quebraram a prisão e fugiram pela portaria da unidade. De acordo com os agentes, os criminosos colocaram fogo em parte da cadeia e fugiram para uma região de mata que cerca a prisão. A SAP (Secretaria de Estado da Administração Penitenciária) afirmou que ainda checava a ocorrência até a conclusão desta edição.

Usualmente, os detentos passam o dia no pátio e voltam para suas celas no final do dia. Porém, nesta segunda, eles se recusaram a voltar e pediram a presença do diretor para discutir a proibição do cigarro. Após o pedido ser negado, eles renderam o carcereiro e queimaram quase toda a ala masculina antes de fugir para uma região de mata que cerca o local.

Segundo a SAP, o tumulto foi contido pelo Grupo de Intervenções Rápidas (GIR), a tropa de choque do sistema penitenciário, que também realizou uma revista nos internos e na unidade. Segundo dados da pasta, o local opera abaixo de sua capacidade, com cerca de 520 presos entre homens e mulheres. A capacidade é de aproximadamente 600 pessoas.

No dia 29 de setembro, Jardinópolis (a 329 km de São Paulo, também na região norte do Estado), 470 detentos fugiram do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) local, após um motim em protesto à superlotação do local. Designado a abrigar 1.080 presos em regime semiaberto, o CPP tinha 1.861.

Um dia depois, houve uma nova rebelião no centro de ressocialização de Mococa (a 274 km de São Paulo), no norte do Estado. Segundo o relato oficial, após um dos presos ser flagrado com drogas, internos do centro atearam fogo em colchões e impediram a saída de dois funcionários de uma ala da unidade, tornando-os reféns.