Doria promete verba federal de R$ 300 milhões para a saúde


Em mais uma agenda pela periferia de São Paulo, o prefeito eleito João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta (18) verba federal de R$ 300 milhões para a saúde, a pedido do tucano.
A afirmação foi feita no Mercado Municipal de Guaianases, no extremo leste da cidade. O valor foi decidido por unanimidade pelos 70 deputados da bancada do Estado de São Paulo, mas ainda deve passar pelo plenário da Câmara Federal antes de fazer parte do orçamento de 2017.
“A bancada de São Paulo poderia indicar duas emendas impositivas. As escolhidas foram uma para atender o governo do Estado, recursos para o Metrô, e outra para atender solicitação da Prefeitura, do prefeito João Doria, serão R$ 300 milhões para área da saúde”, disse o deputado federal e vice-prefeito eleito, Bruno Covas (PSDB).
Caso o valor venha para a cidade, seria suficiente para construir um hospital como o que está em obras em Parelheiros (zona sul).
A emenda ainda passará por outras etapas, mas trata-se de vitória política de Geraldo Alckmin (PSDB), que emplacou as duas emendas impositivas da bancada paulista para o Estado e a cidade sob tutela de seu aliado político.
“Quando ela impositiva, vai acontecer, são R$ 300 milhões para a saúde que, como temos dito, é a prioridade número um, dois e três”, disse Doria.
Em cima de uma cadeira no mercado de Guaianases, ele afirmou ter voltado ao local para agradecer, após uma confusão durante a campanha no local, quando tucanos se encontraram com petistas.
MERCADOS
Mais cedo, no Mercado Municipal de Pinheiros (zona oeste de SP), Doria voltou a falar sobre uma política de concessão de mercados públicos. Ele afirmou que na concessão pretende vincular mercados mais atrativos, como o de Pinheiros e o Mercadão, aos da periferia.
Doria disse que, para regular as unidades, será criada uma agência reguladora. O órgão serviria, em tese, para impedir alta nos preços dos produtos, por exemplo.
“A prioridade será para os concessionários. Já fizemos a conversa com eles durante a campanha, gostaram da ideia. Com isso preservamos os mercados, a história dos mercados, a gastronomia”, disse.
Entre os concessionários, a medida divide opiniões. Alguns temem que os aluguéis das bancas, que são subsidiados, possa aumentar com a privatização. Outros se mostram mais otimistas.
“Ficaremos menos engessados com o setor privado que com o setor público”, disse Ricardo Ávila, 39, gerente de uma das lojas.

ARTUR RODRIGUES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)