O contrato de João Schmidt termina em 30 de junho do ano que vem. A partir de janeiro, já pode assinar contrato com outra equipe.
O perigo de perder o jogador é grande e por isso, o diretor-executivo de futebol, Marco Aurélio Cunha, tem conversado bastante com ele.
Schmidt quer ficar, mas também quer jogar mais. Em 2018, foram 27 partidas -mais que em todos os outros anos juntos, quando atuou 20 vezes. O jogador marcou dois gols neste ano.
Um novo salário e a necessidade de jogar são itens que Luizão, ex-jogador e seu empresário, está levando em conta na conversa com a diretoria. “Fiz toda minha formação aqui na base do São Paulo e quero continuar”, diz o jogador.
Nem sempre quem é da base consegue se firmar no time de cima. Em 2011, Rodrigo Caio, Schmidt e Ademílson eram os destaques do sub-20 do São Paulo. Caio está na seleção, Ademílson no Japão e Schmidt chegou a jogar no Vitória de Guimarães, antes de, agora, tentar um lugar no time de cima.
“Não tem receita para a base. Não dá para esperar o melhor momento para entrar. Geralmente a gente entra quando o time está ruim e precisa dar resposta”, diz Schmidt.
Ele prega o lançamento de novos jogadores. “Pode apostar, sim. O Neres e o Pedro que entraram agora, são muito bons. Estão sempre abertos para uma conversa e um conselho.”
Generoso com os outros e crítico consigo mesmo. “Eu sou um volante que tem capacidade de organização e erro poucos passes. Quando erro um pouco mais, fico aborrecido. Sempre tenho de melhorar, eu me cobro muito”.
Em pouco tempo, João Schmidt, que era João Felipe, uma sólida revelação da base do São Paulo, saberá se fica no clube ou se voará em busca de reconhecimento.
LUIS AUGUSTO SIMON
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)