O diretor de refino e gás da Petrobras, Jorge Celestino, disse nesta quarta (9) que a estatal pode reduzir novamente os preços da gasolina e do diesel caso as cotações internacionais permaneçam em queda.
Ele lembrou que a avaliação é feita pela estatal uma vez por mês e considera, além do mercado internacional, o nível de importações pelos concorrentes da petrolífera.
Na terça (8), a companhia anunciou corte de 10,4% no preço do diesel e de 3,1% no preço da gasolina. Foi a segunda redução em menos de um mês.
Em entrevista para explicar a mudança, Celestino disse que as cotações internacionais dos derivados no mercado internacional caíram 12% desde a última reunião do grupo interno que avalia os preços dos combustíveis.
Além disso, a participação de mercado da companhia no mercado interno de diesel caiu de 86% para 82%. Em outubro, empresas privadas importaram 1 bilhão de litros do combustível.
Celestino defendeu que os preços da companhia estão “alinhados” ao mercado internacional, mas evitou detalhar as margens de lucro praticados pela companhia.
“Os nossos preços são bastante competitivos e estão alinhados ao mercado internacional”, afirmou.
Ele espera que, com os novos cortes, as importações por empresas privadas caiam. Mas não descartou agir novamente em caso de manutenção da tendência de queda nas cotações internacionais.
“Sim. O que a gente está dizendo é o seguinte: nós vamos ter preços alinhados com relação ao mercado internacional”, respondeu ele, quando questionado sobre a possibilidade de novas reduções.