Viaduto reaberto para carros registra trânsito tranquilo no centro de SP


Ocorreu sem transtornos a reabertura para carros do viaduto Doutor Plínio de Queiroz, que passa sobre a avenida Nove de Julho, no centro de São Paulo. Do lado de baixo, no entanto, a avenida registrou tráfego intenso novamente.
Essa foi a primeira alteração viária da gestão João Doria (PSDB). Conforme a Folha de S.Paulo mostrou na quarta (4), o viaduto faz parte da rota do tucano para chegar à prefeitura.
Entre 8h e 9h desta sexta-feira (6), horário de pico na região, 156 veículos passaram pelo viaduto no sentido zona sul, segundo contagem da Folha de S.Paulo. Táxis e ônibus não foram contados, pois já tinham autorização para trafegar no viaduto.
O número ficou muito próximo à estimativa da prefeitura, que é de 150 carros por hora na via. O trânsito no viaduto foi tranquilo e não chegou a atrapalhar a passagem de ônibus.
O movimento deve piorar na região com o retorno das aulas e o final das férias. No sentido centro, 64 veículos passaram pelo viaduto.
A reabertura para carros tem limitações. Apenas veículos com duas pessoas ou mais podem trafegar na via, das 5h às 21h nos dias de semana e das 5h às 15h aos sábados. Nos demais horários e aos domingos e feriados, o acesso será liberado para todos os veículos, independentemente do número de ocupantes.
Na manhã desta sexta, o tráfego nos dois lados do viaduto foi orientado por agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Um deles fazia sinais de reprovação a motoristas que entraram sem passageiros no carro.
A CET começará a aplicar multas em quem desrespeitar a norma no próximo dia 23.
Na parte de baixo, na avenida Nove de Julho, houve filas de carros, como ocorre normalmente. Muitos dos motoristas no trânsito estavam sozinhos.
O zelador Ivan Lima, 61, gostou da iniciativa. “O trânsito na Nove de Julho ficava péssimo e o viaduto todo vazio”, afirmou ele, que mora na região e usa tanto carro quanto ônibus.
Ônibus
O viaduto Doutor Plínio de Queiroz virou um corredor exclusivo de ônibus em novembro de 2015, em decisão do então prefeito Fernando Haddad (PT). A medida irritou os motoristas, já que os carros passaram a ser obrigados a contornar a praça, em trajeto com semáforos e cercado por moradores de rua.
Segundo a gestão Doria, essa mudança viária foi uma iniciativa do secretário Sérgio Avelleda (Transportes), ratificada pelo prefeito, com base em critérios técnicos, que apontariam a subutilização da via pelos ônibus.