Em agenda pública na manhã deste domingo (5), o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), acrescentou mais um capítulo ao seu arsenal de ataques aos pichadores da cidade. Desta vez, o tucano puxou um coro contra aqueles que sujam os muros da cidade.
O evento, em uma praça da zona leste, era sobre reforma de calçadas. Mas, diante de um grupo de cerca de 200 pessoas que se aglomeravam para prestigiá-lo, Doria perguntou a todos em voz alta: “Pichador é bandido ou não é?”. “É”, respondeu empolgada a maioria dos presentes.
Um dia antes, em entrevista à rádio CBN, Doria havia dito que todos os pichadores que atuam em São Paulo são “bandidos”. “A prefeitura não vai ter tolerância com pichador. Não há diálogo com contraventor. Todo pichador é bandido.”
Desde que Doria iniciou seu programa de zeladoria urbana, a cidade de São Paulo tem presenciado uma verdadeira “guerra do spray “. O prefeito promete agora criar lei para punir pichadores com multas de até R$ 50 mil, uma forma de desestimular essa prática.
Neste domingo, o evento foi relacionado ao programa Mutirão Mário Covas – Calçada Nova, que visa a revitalização e acessibilidade das calçadas da capital e vem sendo realizado todos os domingos na capital. A primeira ação do projeto ocorreu no dia 8 de janeiro, no bairro do Itaim Paulista, também na zona leste. Já houve ações também em bairros da zona norte, sul e oeste.
Sempre pontual, Doria chegou ao local 15 minutos antes do horário marcado (10h), mas a tietagem de alguns presentes fez com que o prefeito atrasasse em 15 minutos o início dos trabalhos. O prefeito estava acompanhado do vice, Bruno Covas (PSDB), e de alguns de seus secretários.
Tietado o tempo inteiro, Doria foi alvo de um solitário protesto. “Olha aí o Zé Pilantra!”, gritou um skatista assim que o prefeito colocou as mãos na enxada para o início da ação. A resposta veio sob vaias dos presentes. Doria também visitou um centro esportivo em frente à praça, onde ensaiou algumas jogadas de basquete, muay thai, tênis e, por fim, capoeira.