Em quadro de aperto financeiro, museus ligados ao governo paulista vêm demitindo profissionais. É um esforço para acomodar despesas em orçamentos que não aumentaram na virada do ano.
Repasses da Secretaria de Estado da Cultura a instituições como a Pinacoteca, o Museu Afro Brasil e o Museu da Imagem e do Som permaneceram iguais aos de 2016, mesmo com a inflação de 6,29% acumulada no ano passado.
O caso mais grave é o da Pinacoteca, que admite ter cortado nove posições de setores como o educativo e de infraestrutura. Funcionários dizem, no entanto, que os cortes chegam a 20 e atingem também outras áreas, entre elas restauro e atendimento. Um acordo firmado entre o museu e funcionários no ano passado garantiu que não houvesse desligamentos até 2017, o que explica as demissões em janeiro e fevereiro.
“Nosso objetivo é reduzir a folha de pagamento porque o orçamento vai ser igual”, diz Paulo Vicelli, diretor de relações institucionais da Pinacoteca, que recebeu do Estado R$ 21,5 milhões, mesmo valor de 2016, para este ano. “Mas nossa ideia é fazer os cortes sem impacto para o público.”