Desemprego atinge 18,3% das mulheres e 15,5% dos homens em SP, diz pesquisa

SÃO PAULO, SP, 31.01.2016: EMPREGO-IBGE - Cartazes oferecendo vagas em rua da região central de São Paulo (SP) nesta terça-feira (31). A taxa de desemprego no Brasil subiu para 12% no trimestre encerrado em dezembro, divulgou o IBGE na manhã desta terça-feira (31).(Foto: Cris Faga/Fox Press Photo/Folhapress)
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As mulheres continuam a sofrer mais com o desemprego do que os homens na Região Metropolitana de São Paulo. Embora a falta de postos de trabalho atinja ambos os sexos pelo terceiro ano consecutivo, para elas, a taxa de desocupação passou de 14,3%, em 2015, para 18,3%, em 2016, a mais alta desde 2007. Entre os homens, a taxa passou de 12,2% para 15,5%, a maior desde 2005.
Os dados abordam a inserção da mulher no mercado de trabalho e compõem a Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de São Paulo (PED-RMSP), realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e parceiros regionais.
As mulheres representam um pouco mais da metade do total de desempregados da Região Metropolitana de São Paulo (51,1%, em 2016), segundo a pesquisa. A taxa de desemprego das mulheres é, tradicionalmente, superior à dos homens. A diferença entre os segmentos em 2016 foi de 2,8 pontos porcentuais e voltou a crescer. Em 2015. foi de 2,1 pontos percentuais.
A pesquisa mostrou também que a presença de mulheres no mercado de trabalho permanece praticamente estável, entre 2015 e 2016, ao passar de 55,4% para 55,3%. Segundo a pesquisa, essa taxa vem mostrando poucas alterações nos últimos anos, após crescimento observado principalmente na década de 1990.
A pesquisa ainda revelou que em 2016 o rendimento médio real por hora diminuiu: a hora de trabalho das mulheres equivale a 84,1% da dos homens. Ano passado, o rendimento médio real das mulheres ocupadas na Região Metropolitana de São Paulo equivalia a R$ 1.695, enquanto o dos homens, a R$ 2.281.