Professores das redes municipal e estadual de ensino fecharam a faixa do sentido Consolação da avenida Paulista na tarde desta quarta-feira (8), em São Paulo, em ato contra a reforma da previdência proposta pelo governo Temer. Os trabalhadores municipais estavam concentrados na praça Oswaldo Cruz, no Paraíso, e se encontram na Paulista com os estaduais, que estavam no Masp.
Os manifestantes seguiram pela avenida Brigadeiro Luís Antonio, em direção ao viaduto Maria Paula, rumo à praça da Sé, onde aconteceu um ato alusivo ao Dia Internacional de Luta pelo Direito das Mulheres.
“Escolhemos esse dia para fazer o nosso ato porque 92% dos profissionais que trabalham na rede municipal são mulheres. Elas serão as mais prejudicadas pela reforma da previdência que vai aumentar o tempo de contribuição e diminuir a idade mínima para a aposentadoria”, afirmou Cláudio Fonseca, presidente do Sinpeem (Sindicato dos Profissionais de Educação do Ensino Municipal de São Paulo).
Em assembleia realizada instantes antes do início do ato a, os profissionais aprovaram o início de uma greve na educação na rede municipal de São Paulo para o dia 15 de março. A assembleia na Paulista é apenas uma das que estão aconteceu nos 26 Estados da Federação e Distrito Federal, segundo a CNTE (Confederação Nacional de Trabalhadores da Educação).
Cleiton Gomes da Silva, representante da CNTE no ato, afirmou que profissionais da educação decidiram que vão parar suas atividades na próxima quarta-feira em protesto contra a proposta de reforma da previdência do governo Michel Temer. “Nos 26 Estados e Distrito Federal, os trabalhadores em assembleia decidiram deflagrar greve a partir da próxima quarta-feira. Vamos nos unir às demais categorias que também paralisarão nesta data e que estão sendo mobilizadas pela CUT (Central Única de Trabalhadores)”, disse.