Prefeitura de São Paulo quer acabar com fila de 26 mil cirurgias na rede

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Após afirmar ter zerado em três meses a fila de exames herdada em janeiro, a Secretaria Municipal da Saúde, sob a gestão João Doria (PSDB), vai lançar no próximo mês o Corujão da Cirurgia para atender os 26 mil pedidos de operação à espera de atendimento na rede pública. Os pacientes devem aguardar uma ligação em casa.

De acordo com o secretário municipal da Saúde, Wilson Pollara, ao contrário do mutirão de exames, realizado em parceria com a iniciativa privada, as cirurgias serão feitas apenas em hospitais públicos. A expectativa é acabar com a fila em no máximo seis meses. “Ao final do programa, nós vamos ter a mesma coisa [dos exames]. Que [o paciente] consiga marcar uma cirurgia no prazo de 30 a 60 dias”, disse Pollara, nesta sexta-feira (14).

O secretário afirmou que para conseguir o feito vai quadruplicar a capacidade de atendimento das salas de cirurgias dos quatro hospitais públicos e um filantrópico, participantes do programa. “Hoje o mais difícil é marcar [a cirurgia] porque há uma limitação de vagas nos hospitais. Nós conseguimos fazer em média duas cirurgias por sala por dia e estamos pensando em fazer de seis a oito”, afirmou.

Para dar conta do atendimento, os médicos cirurgiões, anestesistas e enfermeiros terão plantões extras contratados pela pasta no período. As cirurgias serão feitas 24 horas por dia.

Os procedimentos de média complexidade, que exigem internação (como retirada de hérnia e de vesícula), serão os primeiros a serem agendados. Eles somam 93% do total de pedidos. As operações ambulatoriais, sem a necessidade de internação, vão ficar para a segunda fase do programa.