Promotoria irá manter apuração sobre acidente que matou filho de Alckmin

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O Ministério Público de São Paulo irá manter investigação para apontar as causas do acidente de helicóptero que matou o filho do governador Geraldo Alckmin, Thomaz Alckmin, e mais quatro pessoas em Carapicuíba, na Grande SP, em abril de 2015.

Relatório conclusivo do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão vinculado à Aeronáutica que apura acidentes aéreos, divulgado no último dia 13, apontou que a queda foi causada por falha em componentes que estavam desconectados. A promotoria de Carapicuíba, porém, discorda dessa conclusão.

De acordo com a promotora Sandra Reimberg, responsável pelo caso, o principal elemento que levou à discordância foi a interpretação de um vídeo feito pela Airbus, fabricante da aeronave, que simulou as condições do voo no momento do acidente. Gravada em francês, a simulação não levou em conta, por exemplo, a pressão hidráulica do motor.

A promotora também discorda da versão do Cenipa que atribuiu a queda ao fato de os controles flexíveis (ball type) e alavancas (bellcranck), fundamentais para o piloto controlar a aeronave em voo, estarem desconectados antes da decolagem. “A aeronave teve o motor ligado e desligado oito vezes naquele dia. Se esses componentes estivessem desconectados, o motor nem poderia ter sido acionado tantas vezes.”

A investigação do MP irá solicitar perícia nas pás da aeronave que se quebraram durante o voo. Segundo a promotora, as pás haviam retornado da manutenção feita pela empresa Helibrás, localizada em Itajubá (MG), no dia do acidente.