Gás de cozinha terá reajuste por mês; repasse para consumidor será de 2,2%

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A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (7) uma nova política de preços para o gás de botijão, que passará a ser reajustado mensalmente, assim como já funciona com a gasolina e o diesel desde o fim de 2016. Neste mês, o preço do produto repassado às distribuidoras subirá 6,7%.

O reajuste vale apenas para botijões de 13 quilos, os mais populares. Segundo a estatal, se o repasse for integral, o aumento para o consumidor será de 2,2%, ou R$ 1,25 por botijão. O reajuste anterior fora realizado em 21 de março, quando o valor cobrado nas refinarias subiu 9,8%.

Com a nova política, os preços serão calculados com base nas cotações europeias do butano e do propano – gases obtidos a partir do refino de petróleo que compõem a fórmula do gás liquefeito de petróleo (GLP, o nome técnico do gás de cozinha). Sobre esse valor, será aplicada margem de 5%. Os reajustes serão automáticos e realizados no dia 5 de cada mês.

Com isso, a Petrobras espera pôr fim à política de subsídios para o combustível, que passou a vigorar em 2003, no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Na época, o governo congelou o preço do gás vendido em botijões de 13 quilos e determinou que fosse vendido mais barato do que o produto envasado em outros vasilhames – mais usados por comércio e indústria. O congelamento durou até 2015.

A diferença de preços para os dois produtos será mantida: o valor de venda do gás em vasilhames maiores incluirá os custos de importação do combustível.