O estado de São Paulo foi condenado a indenizar a mãe de uma das vítimas da chacina que ocorreu em Osasco, na Grande São Paulo, em agosto de 2015. Na ocasião, homens encapuzados executaram 23 pessoas e feriram mais sete em um intervalo de duas horas. Três policiais militares e um guarda-civil são os únicos acusados identificados de participar de parte das chacinas. Eles serão julgados no dia 18 de setembro.
Na decisão, a juíza da 6ª Vara da Fazenda Pública, Alexandra Fuchs de Araújo, determina indenização no valor de R$ 200 mil reais por danos morais. O advogado da mãe da vítima, Ademar Gomes, afirma que embora os agentes ainda não tenham sido julgados, “há diversos indícios que corroboram com o entendimento de que os responsáveis pela chacina foram policiais militares, servidor do Estado.” Ele ainda revela que pretende recorrer do valor decisão por entender que o montante “é irrisório.”
Apesar de negarem envolvimento e alegarem inocência, os agentes são réus presos por 18 dessas mortes e por balearem seis vítimas. Quatro pessoas são acusadas da matança: os policiais militares Fabrício Eleutério, Thiago Henklain e Victor Cristilder e o guarda civil municipal Sérgio Manhanhã. A motivação dos crimes seria uma retaliação aos assassinatos de um PM e de um guarda em assaltos dias antes.