Oktoberfest SP estreia nesta sexta com litrão de chope a R$ 28

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O paulistano apreciador de cerveja que aguarda ansiosamente a chegada de outubro para se deliciar nas festas de tradição alemã que celebram o líquido dourado não precisa mais ir aos festivais do Sul brasileiro ou ao país germânico. A partir desta sexta-feira (29), ocorre a primeira São Paulo Oktoberfest, na Arena Anhembi.

A organização não pretende competir com os festivais sulistas, apesar de dizer que os seus moldes são os que mais se aproximam aos de Munique. “Não queremos concorrer com Blumenau. Desde o início tomamos o cuidado de formar uma parceria, até para que uma divulgasse a outra”, diz o organizador Walter Cavalheiro. “A nossa é num formato menor ao de Munique, que é diferente ao de Blumenau, tem uma área aberta.”

Os organizadores do festival de Blumenau também já negaram a disputa e disseram apoiar a versão paulista. Em 2016, o Esporte Clube Pinheiros organizou a sua Oktoberfest e a Brooklinfest ocorre no bairro da zona sul de São Paulo com inspirações germânicas já há duas décadas, mas nunca um evento tão grandioso e com a proposta de ser tão fiel ao original foi realizado em São Paulo.
O festival teve origem em 1810 em Munique, na Baviera, sul da Alemanha. Foi realizada uma comemoração pública a céu aberto em comemoração ao casamento do então príncipe Ludwig. Como as festividades fizeram muito sucesso, repetiram-se no ano seguinte e o formato foi sendo incrementado com parques de diversão e praças de alimentação até chegar ao modelo de hoje, que atrai cerca de 6 milhões de pessoas todos os anos durante pouco menos de 20 dias.

A popularidade do festival fez com que ele ganhasse versões independentes pela Alemanha e em regiões de países que receberam imigração germânica. No Brasil, as principais são no Sul, em Blumenau, reconhecida como uma das maiores fora da Alemanha, com público que gira em torno de 500 mil pessoas, e em Santa Cruz do Sul (RS), ambas com mais de três décadas.

SALGADA

Os preços do evento, no entanto, podem afastar os cervejeiros menos abastados. Para começo de conversa, o festival não é boca livre -tudo o que for consumido dentro da Oktoberfest, sejam as comidas tradicionais ou as mais de 50 variedades de chope, é pago.
O ingresso individual sai R$ 100 e não permite acesso ao espaço principal do evento, a Biertent, onde há o chope criado exclusivamente para a festa, a cozinha é comandada por um chef alemão e músicos como Cidade Negra e Michel Teló farão apresentações. A entrada que garante acesso para a tenda sai por R$ 150 a individual.

Quem entrar no espírito e se apresentar vestindo os trajes típicos germânicos, no entanto, tem desconto de 40% no valor do ingresso -mas vale checar na página do Facebook os critérios que caracterizam uma veste legitimamente alemã. O preço do chope é a partir de R$ 15 (o de 500 ml) e a partir de R$ 28 (o de 1 litro).

Mesmo salgada -ou seria amarga?-, segundo os organizadores a festa da cerveja deve atrair em torno de 100 mil pessoas, somados os oito dias de evento, com consumo estimado de 75 mil litros de chope. Haja salsichão. Para os que exagerarem enchendo a cara, a festa com dois postos médicos e quatro ambulâncias a disposição.

DORIA ALEMÃO

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) estará presente na abertura oficial do evento, na noite desta quinta-feira (28), fechada para o público em geral. Como gesto de inauguração da Oktoberfest, Doria deve repetir o ato feito todo ano pelo prefeito de Munique, utilizando um martelo para abrir o primeiro barril de chope.
Em vídeo publicado neste mês, o tucano disse que a Oktoberfest vai gerar mais de mil empregos, entre eles o de moradores de rua oriundos do programa Trabalho Novo, movimentar a economia e atrair turismo para a cidade. Segundo Cavalheiro, o evento já está garantido pelos próximos quatro anos.

(folhapress)