Empresário é sequestrado e morto por causa de dívida em SP


A balconista Fabiana Barros de Marco, 39 anos, foi presa na segunda (15), em Rio Grande da Serra (ABC), acusada de sequestrar e matar o empresário do ramo de construção Reinaldo Basílio Dantas, 48, crime ocorrido no último sábado (13). A suspeita devia dinheiro para a vítima, o que motivou o crime, diz a Polícia Civil e a Guarda Civil de Ribeirão Pires, responsáveis pelas prisões.
O corpo da vítima foi achado, na manhã de domingo (14), com 34 facadas e marcas de espancamento, em uma estrada em São Bernardo do Campo (ABC).
Fabiana foi presa na segunda (15), em sua casa, em Rio Grande da Serra, junto com sua mãe, de 78 anos, e o irmão de 48 anos. Mais seis acusados foram presos.
Segundo a polícia, Fabiana convenceu Dantas de que iria pagar uma dívida a ele. O empresário foi até a casa dela, em Rio Grande da Serra, no sábado à noite. A dívida era de R$ 12.600. Fabiana devia R$ 300; a mãe, mais R$ 300; o irmão, R$ 12 mil.
O chefe dos investigadores de Ribeirão Pires, Edgar Melo, afirmou que Fabiana convenceu outras três pessoas a a sequestrar Dantas e a extorquir grana da família dele.
“O empresário era agiota”, afirmou Melo. “A morte dele já estava planejada porque ele conhecia Fabiana e a família dela”, disse.WhatsApp Ao chegar à casa de Fabiana, o empresário foi rendido, diz a polícia, e os bandidos passaram a mandar mensagens de WhatsApp a familiares de Dantas se passando por ele. Pediram resgate inicial de R$ 10 mil; depois, de R$ 5.000, além de joias.
A Guarda Civil monitorou as mensagens. “Percebemos que não era ele [Dantas]. Oferecemos objetos de valor que ele não possuía”, disse o inspetor Marco Campanhã, da Guarda de Ribeirão Pires.
A entrega foi marcada para a noite de domingo (14) em uma praça em Ribeirão Pires, onde o primeiro suspeito foi preso pelos agentes.

OUTRO LADO
Segundo a Polícia Civil, parte dos presos pelo assassinato do empresário Reinaldo Basílio Dantas confessou o crime. Porém, a reportagem não teve acesso à confissão dos suspeitos.
Também não foi possível saber qual o envolvimento de cada um dos suspeitos no crime.
Até a conclusão desta edição, a polícia não havia ouvido todos os suspeitos, e nenhum havia constituído advogado.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, os suspeitos ficarão detidos na carceragem da delegacia de Ribeirão Pires (ABC) até que a Justiça determine um Centro de Detenção Provisória para encaminhá-los.

(Folhapress)
Foto: Divulgação