Alunos de duas escolas estaduais, uma na zona norte e outra na zona sul de São Paulo, estão sem aula, na capital paulista, por causa de problemas nas instalações.
Na Escola Estadual Professora Maria Helena Gonçalves de Arruda, na Brasilândia (zona norte de SP), alunos do curso noturno estão desde a semana passada sem aula porque parte da fiação do prédio foi furtada, em dezembro.
Estudantes da manhã e da tarde estão tendo apenas três das seis aulas normais -estão sendo dispensados mais cedo. Na parte da manhã, saem às 9h30, quando deveriam sair às 12h20.
Segundo alunas da escola, professores disseram que estão sendo dadas apenas três aulas porque a fiação improvisada do local esquenta.
“A professora disse que a gambiarra esquenta, e tem que deixar esfriar para o pessoal da tarde ter um pouco de aula também”, disse uma estudante de 16 anos do terceiro ano da manhã.
A dona-de-casa Adneide Bahia, 47 anos, mãe de um aluno de sete anos do período da tarde, ficou sabendo do improviso apenas nesta terça-feira (6). “Ele faltou no primeiro dia e hoje fico sabendo que vai ter só uma parte das aulas, isso não está certo”, diz Adneide.
Segundo um funcionário que pediu anonimato, os fios foram furtados quando a escola estava em recesso. Um boletim de ocorrência foi feito, disse o funcionário, mas o conserto não foi realizado e, quando os alunos voltaram às aulas, a escola estava parcialmente às escuras.
A reportagem apurou que foi feita uma ligação elétrica improvisada, com a fiação exposta. Um cartaz na porta da diretoria avisa que o problema já foi informado à Diretoria Regional de Ensino.
RODÍZIO
Na Escola Estadual Dale Coutinho, no Grajaú (zona sul de SP), as aulas começaram em sistema de rodízio de classes porque uma parte do prédio está interditada desde dezembro. Segundo pais de alunos, uma tempestade em naquele mês arrancou uma seção do telhado e uma outra parte desabou.
Não sobraram salas suficientes para todas as classes e, desde segunda-feira (5), os alunos têm aula um dia sim e um dia não. O aviso foi dado via agenda dos estudantes na segunda. Nesta terça, esse bilhete foi retirado e substituído por um calendário completo com o sistema de revezamento.
A dona-de-casa Marisa Oliveira da Silva, 43 anos, mãe de uma menina de oito anos e de um menino de seis matriculados no colégio, disse que a escola não deu maiores explicações. “Mandaram um bilhete na agenda e só, nenhuma explicação”, falou Marisa.
Nenhuma das escolas avisou os pais sobre alguma previsão de quando a situação seria normalizada.
OUTRO LADO
A Secretaria da Educação da gestão Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que foi programado para amanhã reparo emergencial de R$ 8.000 na EE Maria Helena Gonçalves de Arruda. “A unidade receberá obra de R$ 160 mil na parte elétrica e de combate a incêndio, com previsão de início em dez dias.” A EE Dale Coutinho, afirma, terá investimento de R$ 150 mil e a obra começará em 15 dias. Alunos serão remanejados para outra escola, com transporte gratuito, afirma. Promete, ainda, repor todas as aulas.
(Folhapress)
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