Professores entram em greve contra a reforma previdenciária de Doria


Os professores das escolas municipais da capital entraram em greve contra a reforma da Previdência da Prefeitura de São Paulo proposta pela gestão João Doria (PSDB). A paralisação inclui profissionais de educação, como gestores e funcionários do quadro de apoio das escolas, e foi aprovada em assembleia realizada nesta quinta-feira.
Segundo o Sinpeem (Sindicado dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo), a greve vai até a próxima quinta-feira, às 15h, quando será realizada uma nova assembleia da categoria em frente à Câmara Municipal de São Paulo.
Nesse dia, os vereadores farão uma audiência pública para discutir o projeto de lei que muda a Previdência.
A proposta aumenta de 11% para 14% a participação de todos os servidores municipais na Previdência, além de criar uma contribuição suplementar que varia de 1% a 5%, dependendo doe qual for o salário.
Nesta quinta, professores e profissionais da rede municipal de educação fizeram um protesto contra a reforma da Previdência. Várias escolas não tiveram aula. Segundo o Sinpeem, em cerca de 1.100 escolas municipais, do total de 1.600, a adesão ao protesto foi de 70% a 100%. Nas demais unidades, a paralisação foi de 15% a 50%.
A Secretaria Municipal de Educação disse que nas mais de 1.500 unidades com gestão indireta o funcionamento foi normal ontem. Nas escolas de gestão direta, 6% abriram normalmente, 44% parcialmente e 50% foram paralisadas totalmente. A secretaria afirmou que as aulas perdidas serão repostas.
O orientação da secretaria é que os pais devem verificar com a direção da escola se haverá aula ou não. Também recomendou que as escolas recebam os alunos.
A gestão Doria informou que o projeto é importante para garantir que os servidores recebam os seus direitos integralmente no futuro.

(Folhapress)
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil