Carreata na Paulista pede ‘Fora Doria’

SP - CORONAVÍRUS/SÃO PAULO/CARREATA - GERAL - Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro fecham a Avenida Paulista, em São Paulo, na tarde deste domingo (19), durante carreata pela reabertura do comércio e contra o Congresso Nacional e o governo de São Paulo, que prorrogou a quarentena no Estado para retardar a propagação do novo coronavírus. Agora, a medida vale até o dia 10 de maio. 19/04/2020 - Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Pelo segundo dia consecutivo, ocorre manifestação de apoio ao presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista e no bairro dos Jardins. Neste sábado e neste domingo, inicialmente convocados como carreatas, os atos aglomeraram pessoas a pé, incluindo idosos, com concentração em frente à Fiesp. O presidente participou de ato semelhante em Brasília no início desta tarde.

Nos dois dias as demonstrações partiram do Ginásio do Ibirapuera Apesar de imagens das convocações frisarem a saída do governador João Doria, nas redes e nos adesivos e faixas as pautas eram muitas, com críticas a veículos de imprensa e ao Supremo Tribunal Federal. O ato deste domingo chegou a fechar uma das pistas da avenida.

Tomé Abduch, porta-voz do movimento Nas Ruas, ligado à deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), convidou ao longo da semana para a carreata deste domingo e o movimento pedia para que as pessoas não saíssem dos carros.

“As nossas pautas serão ‘Fora Rodrigo Maia’, que ninguém mais suporta esse homem governando nosso país, ‘o isolamento vertical responsável’ e também a ‘PL 149 não’ que pode destruir o nosso país e dar para os governadores de todos os Estados um dinheiro gigantesco sem qualquer contrapartida”, disse Tomé, em vídeo postado nesta manhã.

O “isolamento vertical” é o isolamento social apenas dos que estão no grupo de risco à exposição ao vírus, como maiores de 60 anos e portadores de doenças crônicas. A teoria é vista com ceticismo pela comunidade médica. O PL 149 foi aprovado na segunda-feira, 13, pela Câmara dos Deputados.

A página do Movimento Avança Brasil, movimento bolsonarista com maior número de seguidores, além do “Fora Doria”, pedia a saída do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e dos presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre. A página transmitiu imagens dos atos dos dois dias.