Prefeitura de SP afirma que vai testar 90 mil profissionais de saúde para coronavírus a partir de sexta-feira (29)

Foto: Van Campos/Estadão Conteúdo
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A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta terça-feira (26) que vai iniciar, a partir de sexta-feira (29), a testagem para Covid-19 de todos os 90 mil profissionais da área da saúde contratados pela administração municipal e funcionários das organizações sociais. Antes, os testes eram realizados apenas em profissionais que apresentavam sintomas, o que era criticado pelos trabalhadores que estão na linha de frente e mais expostos à doença na capital.

O tipo avaliação anunciada será a sorológica. Conhecida como “teste rápido”, ela detecta se o paciente adquiriu anticorpos para o vírus e é feito com uma picada no dedo para coleta de sangue. Esse tipo de teste serve como um auxílio no diagnóstico da Covid-19 e como parâmetro de medição da disseminação da doença em amostras da população. Em profissionais da saúde, é importante para avaliar o afastamento do trabalho, por exemplo.

No entanto, o teste rápido não têm finalidade confirmatória. Ou seja, mesmo que o resultado do teste rápido seja positivo, o paciente não será automaticamente diagnosticado como caso confirmado.

“Os testes nos darão uma radiografia muito importante destes profissionais no ponto de vista imunológico. É um passo importante que se junto a outras iniciativas que o município já fez”, afirmou o secretário municipal da saúde, Edson Aparecido, em coletiva de imprensa.

O tipo de teste que confirma a infecção pelo vírus no organismo é o RT-PCR, através de rastreamento de material genético. Mais preciso, esse teste é o que entra nas estatísticas de confirmação oficial da Covid-19 no país.

A falta de testes suficientes para amostras maiores da população é um dos fatores que levam à subnotificação da doença e impedem a medição correta do avanço da pandemia para a tomada de decisões sobre políticas públicas que devem ser tomadas.

Antes, o estado de São Paulo só utilizava RT-PCR para confirmar casos graves, mortes, ou profissionais de saúde com sintomas. Os casos leves não eram testados e notificados.

No dia 15 de maio, no entanto, o governo anunciou a ampliação em etapas de testes RT-PCR para alguns casos leves específicos, como pessoas que tiveram contato com pessoas infectadas e populações vulneráveis. Também foi anunciada a ampliação dos testes rápidos.

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