AÇÃO – Por volta das 3h, cerca de 30 criminosos fecharam ruas e avenidas para impedir que policiais se aproximassem; oito homens foram presos por suspeita de participação
Na tentativa de roubar uma transportadora de valores nesta quarta-feira (17), bandidos fecharam ruas e avenidas da Grande São Paulo, queimaram carros e caminhões, assustaram moradores com tiros de metralhadora e explodiram parte da empresa.
Desde março, o Estado de São Paulo já registrou outros quatros mega-assaltos dessa magnitude a empresas do ramo, com saldo de cinco pessoas mortas e ao menos R$ 135 milhões roubados.
Na tarde desta quarta, oito homens foram presos por suspeita de participação na ação da madrugada. Pistolas e 15 fuzis foram apreendidos. O alvo, desta vez, foi a empresa de valores Protege, que ocupa um quarteirão do Campestre, bairro residencial de Santo André, na Grande SP.
Por volta das 3h, cerca de 30 criminosos – alguns armados com metralhadoras – fecharam ruas e avenidas para impedir que policiais se aproximassem. Os homens jogaram “fura-pneus” no asfalto e atiravam para cima, assustando moradores. Vias de Santo André e até da capital -como a avenida do Estado – foram bloqueadas por carros e caminhões em chamas. Os bandidos temiam que policiais militares de São Paulo fossem mobilizados para combater o assalto na cidade do ABC paulista.
Os vigilantes da Protege tentaram impedir a invasão, atirando nos bandidos. Os criminosos, no entanto, explodiram o portão da empresa e entraram. “Ouvi de quatro a seis explosões”, conta o corretor Luiz Barros, 54, que mora no prédio em frente.
O pátio da Protege foi tomado. Segundo a empresa, porém, um sistema de portas blindadas e a ação dos vigilantes impediram que os assaltantes chegassem ao caixa-forte, onde é guardado o dinheiro. Um funcionário ficou ferido com estilhaços.
A Protege afirma que nenhuma quantia foi roubada, mas moradores da região disseram ter visto os assaltantes retirando malotes do prédio.
