Secretário de Alckmin dá aval para expulsar oficial suspeito de fraude

Infográfico, 18.06.2015: Sindicância interna da Corregedoria confirmou fraude em licitações. (Editoria de Arte/Folhapress)
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JUSTIÇA MILITAR – A decisão final da expulsão do oficial caberá ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), caso o Tribunal de Justiça Militar confirme o entendimento da comissão

O secretário de Segurança de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, deu aval à expulsão de um tenente-coronel da Polícia Militar suspeito de comandar esquema de fraudes no setor de licitações do comando-geral da corporação. Na última sexta-feira (26), o secretário acolheu o parecer da comissão interna da própria PM, que se manifestou pela exclusão do PM de seus quadros.

O processo segue agora ao Tribunal de Justiça Militar. A decisão final da expulsão do oficial caberá ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), caso o TJM confirme o entendimento da comissão. O PM perderá a condição de policial, voltará a ser civil, mas continuará com seus vencimentos sem alteração -R$ 15.718,27 brutos.

O oficial que deve ser expulso da PM é o tenente-coronel da reserva José Afonso Adriano Filho que, segundo investigações da polícia, comandou esquema de fraudes entre 2009 e 2010 envolvendo cerca de R$ 10 milhões.

O oficial, que era major na época das irregularidades, trabalhou no setor de licitação do comando de 2000 até 2012, quando se aposentou. Na ocasião, foi promovido a tenente-coronel – segundo posto mais alto na hierarquia da corporação -, como prevê toda aposentadoria na PM.

Em linhas gerais, o oficial simulava licitações para comprar de objetos para o comando-geral e desviava esse dinheiro para outros fins. Ele alega que todo o dinheiro era revertido à própria instituição, com reformas de prédios e aquisição de produtos. As fraudes ocorreram ao menos entre 2009 e 2010, período em que foram comandantes-gerais da PM os coronéis Roberto Diniz e Álvaro Camilo, nas gestões José Serra e Alberto Goldman (PSDB). Parte das irregularidades foi detectada por investigação interna da própria PM.