Gestão Haddad suspende radar-pistola e transfere guardas para parques de SP

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CAMPANHA – A suspensão ocorre em plena campanha eleitoral, na qual Haddad, candidato à reeleição, tem sido criticado pelo número crescente de multas de trânsito em SP

A gestão Fernando Haddad (PT) suspendeu na última quarta-feira (31) a fiscalização de velocidade por meio dos radares-pistola, operados por guardas-civis nas marginais Tietê e Pinheiros para flagrar excesso de velocidade principalmente de motos.

A suspensão ocorre em plena campanha eleitoral, na qual Haddad, candidato à reeleição, tem sido criticado pelo número crescente de multas. Nos primeiros cinco meses deste ano, a prefeitura já aplicou 6,5 milhões de multas, contra 4,5 milhões no mesmo período de 2015.

A prefeitura afirma que a suspensão da chamada Operação Radar ocorreu para que os 80 guardas-civis envolvidos na fiscalização de trânsito passem a atuar em parques que estão sem segurança.

Em 2015, a prefeitura havia deslocado dez radares-pistola para serem usados em 38 pontos das duas marginais. Haddad defendia essa fiscalização, a cargo dos guardas-civis, com a justificativa de contornar a dificuldade de fiscalização de motos com outros tipos de equipamento. Esses veículos recebiam só 4% do total de multas na cidade, embora representassem 13% da frota e seus ocupantes fossem metade dos feridos em acidentes viários.

A prefeitura diz que esses guardas serão deslocados a parques municipais, que enfrentam crise nos contratos de segurança e de limpeza. Alguns locais estão antecipando a hora de fechamento e restringindo acesso de carros. Os guardas-civis não ficam fixos nas áreas verdes, fazem só rondas alternadas.

O parque Buenos Aires, em Higienópolis (centro), que antes ficava aberto até as 22h, agora encerra as atividades às 19h. O parque da Aclimação também teve alterações no horário de abertura. Segundo funcionários, passou a encerrar as atividades às 20h – antes, ficava aberto até as 22h. O acesso de carros foi limitado. “Antes o portão ficava aberto para embarque de idosos e deficientes, mas agora temos que manter com a corrente”, disse um funcionário.

 

 

Sindicato diz que contrato para usar ‘pistola’ não foi renovado

 

O Sindiguardas-SP (sindicato dos guardas), por sua vez, diz que a suspensão da operação está relacionada à falta de renovação do contrato de uso dos radares-pistola. A prefeitura afirma que a operação deles nas marginais está suspensa, mas não disse quando será retomada.

A gestão Haddad afirma que os contratos com a empresa Albatroz em 16 parques foram encerrados em 31 de agosto. Desde então, diz, a vigilância é feita pela GCM (Guarda Civil Metropolitana).

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