Haddad diz que não congelaria tarifa de ônibus se tivesse sido reeleito

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O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (27) que o prefeito eleito João Doria tem o direito de refazer a peça orçamentária para incluir o congelamento da tarifa do transporte na capital paulista em 2017.
Ele ressaltou, contudo, que caso tivesse sido reeleito, não tomaria a mesma medida e continuaria com a política tarifária adotada durante o seu mandato à frente da Prefeitura de São Paulo.
“Eu ia manter a política que adotei e pactuei com a região metropolitana, com o governo de São Paulo e com prefeitos de outras capitais”, disse. “Por que congelaria no primeiro ano de um segundo mandato se eu não fiz em ano eleitoral? Não faz o menor sentido”, acrescentou.
Na saída de encontro com o presidente Michel Temer, o prefeito lembrou que o congelamento foi uma bandeira eleitoral do tucano e que a atual gestão tem de “ajudá-lo a executar o seu plano”.
“O orçamento do próximo ano não previa o congelamento da tarifa, porque foi encaminhado antes das eleições municipais. O prefeito eleito tem todo o direito de refazer a peça orçamentária, inclusive com nosso apoio, mas quem tem de indicar os remanejamentos é ele”, disse.
Na terça-feira (25), após também se encontrar com Michel Temer, Doria se comprometeu a congelar a tarifa mesmo se não houver ajuda financeira do governo federal.
Segundo ele, são necessários entre R$ 500 milhões e R$ 550 milhões para garantir o congelamento das passagens -o setor e a atual gestão falam em cerca de R$ 1 bilhão.
RECURSOS
No encontro no Palácio do Planalto, Haddad pediu a Temer o desbloqueio e o pagamento pela União de um total de R$ 240 milhões.
Segundo ele, do montante, R$ 120 milhões são recursos já depositados na conta da Prefeitura de São Paulo, mas que ainda necessitam de autorização do Ministério das Cidades para serem desbloqueados.
O valor era de R$ 180 milhões, mas o prefeito afirmou que, na noite de quarta-feira (26), o governo federal autorizou a utilização de R$ 60 milhões.
Além disso, o prefeito cobra o reembolso de mais R$ 120 milhões, montante que foi empenhado em 2013 e entrou na conta de restos a pagar da União.
Segundo ele, os recursos foram gastos pela Prefeitura de São Paulo para a reforma do autódromo de Interlagos e a construção dos dois primeiros módulos da Fábrica do Samba.
“A União, se respeitasse a ordem cronológica dos empenhos, já teríamos recebido esse valor. Ela não pode deixar um empenho de 2013 sem liquidação”, criticou.

GUSTAVO URIBE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

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