Equipe da PF defende investigação e diz que ainda há provas sob sigilo

Infográfico 18.03.2017 - Dicas para evitar problemas - Cuidados com a carne - Compra e armazenamento - (Arte Agora/Folhapress)
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Membros da equipe ligada à Operação Carne Fraca, que apura supostas irregularidades na inspeção de alguns dos principais frigoríficos do país, rebateram as críticas à investigação feitas pelo setor e pelo governo federal. “Deixemos o tempo falar”, disse um membro da investigação. Os investigadores afirmam que ainda há muito material sob sigilo, e que a operação deve ter desdobramentos mais adiante.

Neste domingo (19), o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, criticou a PF por “erros técnicos” e o governo federal procurou minimizar o alcance da investigação. “O governo está se precipitando. As críticas virão, mas em breve serão superadas”, afirmaram.

A equipe também rebateu informação publicada na Folha de S.Paulo nesta segunda (20), de que apenas um frigorífico teve a carne periciada na investigação. Segundo os investigadores, a realização de perícias em diversas empresas comprometeria o sigilo da operação – por isso, durante a fase de apuração, optou-se por apenas uma amostra.

A equipe sustenta, porém, que há provas do envolvimento de outros frigoríficos na produção e venda de carnes adulteradas e no pagamento de propinas a fiscais do Ministério da Agricultura. Todas as empresas que foram alvo de busca e apreensão na sexta (17) tiveram material coletado, que será analisado e fará parte das provas da operação.