40ª fase da Lava Jato prende dois ex-gerentes da Petrobras

RIO DE JANEIRO,RJ,04.05.2017:OPERAÇÃO-LAVA-JATO - Movimentação na sede da Polícia Federal, em no Rio de Janeiro (RJ), na manhã desta quinta-feira (4), durante a 40ª fase da Operação Lava Jato. A operação foi batizada de "Asfixia" e tem como foco, segundo o Ministério Público Federal (MPF), três ex-gerentes da Petrobras suspeitos de receberem de mais de R$ 100 milhões em propinas de empreiteiras que eram contratadas pela estatal. (Foto: jose lucena/Futura Press/Folhapress)
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A Polícia Federal deflagrou nesta quinta (4) a 40ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Asfixia, e prendeu ex-gerentes da Petrobras.
Segundo o Ministério Público Federal, eles faziam parte da área de Gás e Energia da estatal e receberam mais de R$ 100 milhões em propinas de empreiteiras e de operadores financeiros.
Em troca desses pagamentos, os ex-gerentes beneficiavam as empreiteiras em contratos com a Petrobras por meio de direcionamento de licitação. O grupo fraudou, de acordo com a Procuradoria, mais de uma dezena de concorrências de grande porte da estatal.
O nome dos presos desta quinta (4) são os ex-gerentes Márcio de Almeida Ferreira e Maurício Guedes de Oliveira. Um terceiro fechou acordo de colaboração com a Lava Jato.
Também há os representantes das empresas Marivaldo do Rozario Escalfoni e Paulo Roberto Gomes Fernandes.
As apurações usaram depoimentos de delatores e quebrou o sigilo bancário, fiscal e telemático dos investigados. Eles teriam recebido propina até 2016, mesmo após a deflagração da Lava Jato. Um dos delatores é o ex-gerente de empreendimentos da área de Gás e Energia Edison Krummenauer, que reconheceu ter recebido aproximadamente R$ 15 milhões no esquema.
Segundo os investigadores, o esquema prosseguiu até junho de 2016, mesmo após a deflagração da Lava Jato e a saída dos suspeitos de seus cargos na empresa.
As apurações usaram depoimentos de delatores e a quebra do sigilo bancário, fiscal e telemático dos investigados.
Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, sendo dois de prisão preventiva, dois de prisão temporária e cinco de condução coercitiva. As medidas estão sendo realizadas no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
Segundo nota da PF, o nome Asfixia “é uma referência a tentativa de cessar as fraudes e o desvio de recursos públicos em áreas da Petrobras destinadas a produção, distribuição e comercialização de gás combustível”.
Os investigados vão responder por crimes de corrupção, fraude em licitações, evasão de divisas, lavagem de dinheiro dentre outros.
Os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

(FOLHAPRESS)

(Foto: José lucena/Futura Press/Folhapress)