Doria desiste de fazer em São Paulo festa do peão como a de Barretos

BARRETOS (SP), 19.08.2017 - Prefeito da cidade de São Paulo João Doria Jr e o presidente do Hospital do Cancer Henrique Prata participam da Festa do Peão de Barretos - Jantar na queima do alho - Foto: Francisco Cepeda/Folhapress
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O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta terça-feira (22) ter desistido de realizar um evento semelhante à Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos na capital. Em visita a Barretos (a 423 km de São Paulo) na noite de sábado (19), Doria comeu a refeição típica de peões, foi ao palco da Festa do Peão, discursou aos cerca de 35 mil presentes ao estádio de rodeios e falou em realizar um rodeio na capital.

“Vou lançar aqui um desafio aos Independentes [associação organizadora da festa]: para nós fazermos uma festa igual em São Paulo muito em breve”, disse Doria num discurso de cerca de três minutos. Em seguida, fez uma coreografia com os braços com o locutor Cuiabano Lima e o público presente.

Nesta terça, porém, o prefeito utilizou sua página numa rede social para anunciar a desistência da intenção de a capital abrigar evento do gênero, devido a restrições legais. “Durante o evento, fiz uma manifestação imaginando que poderíamos ter algo semelhante sendo feito aqui na cidade de São Paulo. Vim a conhecer depois que há uma legislação que impede a realização de eventos desse tipo. E uma restrição bastante grande.”

Após a visita a Barretos, o tucano foi criticado em redes sociais por apoiar uma prática acusada por entidades de proteção de gerar maus-tratos aos animais envolvidos. ONGs afirmam que os animais sofrem tortura física e psicológica antes de entrar nas arenas e que a prática deve ser abolida. A principal crítica é em relação ao uso do sedém (corda de lã presa nos animais antes das montarias).

No vídeo que postou, Doria afirmou respeitar os animais. “Respeito os animais, respeito também aqueles que defendem e protegem os animais. E respeito, principalmente, a legislação. Se há uma lei que impede, essa lei foi votada, discutida aqui na Câmara de São Paulo, vamos mantê-la como está.”

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