Após casos de estupro, Tinder lamenta e afirma não ser ‘imune a malfeitores’

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Após reportagem da Folha de S.Paulo mostrar casos de estupradores que usam aplicativos de namoro para atacar mulheres, a equipe do Tinder -aplicativo usado por 10 milhões de brasileiros- se manifestou e disse que está “profundamente triste” com a notícia e que, embora a grande maioria de seus usuários tenham boas experiências com o aplicativo, ele não é “imune a malfeitores”.
Procurada antes da publicação da reportagem, o aplicativo preferiu não se manifestar na ocasião. “Pessoas mal-intencionadas existem em restaurantes, livrarias, nas redes e nos aplicativos sociais”, diz a nota desta sexta-feira (29).

A reportagem mostrou os casos de Cristina, Camila e Mariana (nomes fictícios), que conheceram homens no aplicativo e foram estupradas durante o primeiro encontro. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo não sabe informar quantos estupros aconteceram especificamente por meio do uso desses aplicativos, mas até agosto, em geral, foram registradas 1.574 ocorrências de estupro na capital paulista. O número já representa o maior índice dos últimos três anos, mesmo que ainda haja a subnotificação frequente por motivos como medo e vergonha das mulheres.

O Tinder encoraja que o usuário que tenha sido vítima de crime denuncie o caso para as autoridades locais e recomenda a leitura das dicas de segurança, disponíveis online e no aplicativo.
Leia abaixo a íntegra da nota.
“Estamos profundamente tristes com esta notícia, e nossos pensamentos estão com as vítimas. Pessoas mal-intencionadas existem em restaurantes, livrarias, nas redes e nos aplicativos sociais. Embora a grande maioria dos nossos usuários tenha boas experiências em nosso aplicativo, não somos imunes a malfeitores.

Encorajamos que o usuário que tenha sido vítima de crime reporte o caso para as autoridades locais. Iremos cooperar com as autoridades no que for preciso para auxiliar nas investigações. Além disso, recomendamos aos nossos usuários que conheçam nossas dicas de segurança, disponíveis online e no aplicativo, e denunciem qualquer atividade suspeita no próprio app ou pelo e-mail [email protected].”

(FOLHAPRESS)

Foto: Ivanildo Porto