Febre amarela já matou dez pessoas e 501 macacos em SP, diz levantamento

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O Estado de São Paulo acumula dez mortes de humanos e outros 501 óbitos de macacos por febre amarela de julho de 2016 a novembro deste ano, segundo levantamento da secretaria de saúde da gestão Alckmin (PSDB).
O número representa uma média de 29 animais mortos por mês pela doença. Os 17 meses analisados integram o período em que houve a maior incidência de casos no Estado.
Dos 501 macacos que morreram por febre amarela, 74% deles foram localizados em regiões de mata da cidade de Campinas (a 96 km da capital paulista).
A pasta da saúde diz que localizou ao todo 2.147 primatas mortos -todos foram submetidos a exames laboratoriais que detectaram a causa dos óbitos.
A transmissão da febre amarela para os macacos é feita pelo mosquito haemagogus, comum na mata. Os primatas, apesar de hospedeiros do vírus, não o transmitem à população -quem o faz são os mosquitos Aedes Aegypti, após picarem alguém já infectado.

HUMANOS
Outras 23 pessoas contraíram febre amarela no período. Destas, dez não resistiram às complicações da doença e morreram no Estado. As cidades paulistas onde a infecção evoluiu para morte são: Américo Brasiliense, Amparo, Batatais, Monte Alegre do Sul, Santa Lucia, São João da Boa Vista e Itatiba.
O Brasil não registrava casos de febre amarela silvestre desde 1942, de acordo com o Ministério da Saúde.
A pasta da saúde paulista diz que tem intensificado os monitoramentos no território do Estado, especialmente, nos corredores ecológicos, onde é intensa a circulação de animais.
Também como medida preventiva, o governo decidiu fechar parques públicos onde os primatas foram achados mortos. Desde 20 de outubro, foi confirmada a morte de quatro macacos pela doença na capital paulista: dois no Parque Anhanguera, um no Horto Florestal e outro no Parque Ecológico do Tietê.
Por precaução, 16 parques foram fechados para visitação. Na última semana, a Prefeitura de Mairiporã confirmou a morte de 22 macacos com a doença.
No momento, os parques estaduais do Horto e da Cantareira (ambos na zona norte da capital paulista), do Alto Tietê (zona leste) e o de Osasco (Grande SP) não estão abertos à visitação.
Na capital paulista, a meta é vacinar cerca de 2,4 milhões de pessoas que residem na zona norte. A imunização também foi intensificada nas regiões de Jundiaí, Alto Tietê e Osasco.

(Folhapress)
Foto: Divulgação