Espera por certificado para viajantes é de até 3 meses

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Em meio ao avanço de casos de febre amarela, quem planeja viajar para um dos países que exige certificado internacional de vacinação contra a doença pode esperar até três meses.
O prazo se refere ao intervalo entre o agendamento e a emissão do chamado “CIVP” em centros de orientação a viajantes mantidos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em Estados maiores -caso de São Paulo, por exemplo. Em Estados menores, a espera varia entre 1 e 5 dias, diz a agência.
No centro que fica no aeroporto de Congonhas, por exemplo, agendamentos só estão disponíveis a partir de 4 de abril. Em Guarulhos, a próxima vaga é em 16 de fevereiro, segundo dados do sistema de cadastro e agendamento da agência.
A Anvisa informou que tem reforçado o diálogo com secretarias de saúde para tentar ampliar o número de serviços de vacinação que emitem o documento, hoje exigido por mais de cem países.
A ideia é fazer novas parcerias com municípios e Estados, os quais receberiam os papéis do CIVP e emitiriam o comprovante junto com a vacinação aos viajantes.
Segundo a agência, a ampliação ocorre à medida em que as secretarias encaminham os documentos para credenciar os serviços. Até o fim de março, a previsão é que haja mais 174 serviços públicos cadastrados.
Hoje, além dos centros de orientação ao viajante mantidos pela Anvisa, o certificado pode ser emitido em outras 97 unidades públicas, como postos de saúde credenciados, e 118 privadas -nestas, a emissão do certificado costuma ser vinculada à vacinação na própria unidade.
A Anvisa não tem dados do tempo de espera nesses locais.
Em São Paulo, de 16 unidades, nove são em serviços de vacinação privados. Com a falta de vacinas na rede particular, porém, clínicas que emitiam o certificado também deixaram de fazê-lo.
Nas demais, a alta na procura causa impasse. No Hospital das Clínicas, por exemplo, que só emite o certificado para vacinados no local, não há agendamento do atendimento, mas há longa espera.
O hospital diz que o certificado é emitido somente nos casos em que há pré-cadastro do viajante no site da Anvisa (viajante.anvisa.gov.br).

REQUISITOS
O mesmo cadastro também é obrigatório nos demais serviços. Já a necessidade ou não de agendamento varia conforme a unidade.
Desde julho, a Anvisa também passou a priorizar, no atendimento, viajantes que apresentam comprovante de viagem marcada para as áreas que exigem o CIVP.
A mudança ocorreu diante do aumento na busca pelo certificado em meio ao surto de febre amarela, o pior já registrado no país desde 1980.
O documento também não será emitido para quem apresenta comprovante de ter tomado a dose fracionada da vacina, a qual passa a ser distribuída em São Paulo a partir do dia 29 deste mês.
Neste caso, o viajante precisa solicitar que seja aplicada a dose padrão, por meio da apresentação de comprovante de viagem.
Em nota, a agência informa ainda que o tempo de espera “é uma questão muito relativa” e que depende de diversos fatores, “inclusive velocidade da rede e eventuais cadastros preenchidos de forma equivocada e incompleta”. O prazo depende ainda “da programação de cada unidade”, informa.

(Folhapress)
Foto: Divulgação

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