Folião é eletrocutado em SP em poste com câmera de empresa do Carnaval

Único jornal diário gratuito no metrô

Ainda com o abadá que sempre usava em festas de Carnaval, o estudante de engenharia Lucas Antônio Lacerda da Silva, 22, caiu desmaiado após encostar em um poste de sinalização de pedestres na esquina das ruas da Consolação e Matias Aires, na região central de São Paulo. A tragédia ocorreu durante a passagem do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, no final da tarde deste domingo (4).

Ao lado de um amigo, Lucas estava à procura de um banheiro, quando se apoiou no equipamento e sofreu uma descarga elétrica. O amigo Heitor Henrique Ciciliano, 21, conta que a ambulância demorou mais de meia hora para chegar ao local e que, durante esse período, uma médica que estava no bloco tentou reanimá-lo com massagens cardíacas. “Pedi ajuda em uma base da GCM que estava perto, mas os policiais [guardas] disseram que não tinham treinamento de primeiros socorros e não podiam mexer nele”.

Lucas foi socorrido e levado para a Santa Casa, hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.

No poste em que Lucas foi eletrocutado, na última sexta-feira (2) haviam sido instaladas duas câmeras de segurança da empresa GWA System, para monitorar a passagem do blocos. A empresa foi contratada pela Dream Factory, que venceu a concorrência da gestão João Doria (PSDB), para gerir o patrocínio de R$ 20 milhões do Carnaval de rua da cidade de São Paulo.

 

Procurada, a CET informou que está colaborando com a investigação da Polícia Civil e que aguarda a conclusão da perícia sobre as causas do acidente. As câmeras instaladas no poste não pertencem à companhia, informou em nota.