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Já há algum tempo venho compartilhando as edições digitais de alguns jornais com chamadas típicas que caíram no gosto popular, a exemplo do Guarulhos Hoje é “a notícia que acontece”, no Estação é “a notícia no ponto certo” e na Folha Metropolitana é a “informação e entretenimento com responsabilidade”, apresentado aos amigos das redes sociais notícias elaboradas por profissionais responsáveis e competentes, cujo objetivo é permitir que um número cada vez maior de pessoas tenham acesso às notícias veiculadas, propiciando debates e amadurecimento de ideias, o que é indispensável para qualquer democracia, para o bem estar social.

Por isso, é necessário uma vigilância cada vez maior quanto aos limites da liberdade de imprensa, do que vai se passar para a população, sabendo que cada notícia tem  as suas particularidades e seus personagens, que devem ser respeitados nos limites de suas atuações, não permitindo divulgar além do fato em si, sem prejulgamentos ou conclusões precipitadas, ainda que apresente crítica severa e pontual.

Neste sentido, não podemos concordar com certas indignações quanto a mídia local não se envolver e não reproduzir certas matérias de outros jornais ou portais, pois não nos permitimos compartilhar a dúvida, a incerteza, o que não está definido e que vem sendo apurado por instituições sérias e competentes, que no momento certo nos permitirão dar a notícia com responsabilidade, sem partidarismos ou emoções. Até compreendemos a aflição das partes na divulgação de suas defesas, mas, não é possível ingressarmos numa briga quando a verdade é faca de dois lados, onde os ausentes somente conjecturam sobre quem carrega a faca, mas não a verdade, ainda lembrando que o discurso do ódio é inimigo da liberdade de expressão.

Aliás, o direito à liberdade de expressão é garantido constitucionalmente à pessoa humana, faz parte de sua personalidade, é indisponível, contudo, deve ser exercido de maneira que não ofenda o direito alheio, devendo haver limites na manifestação do pensamento sob pena de punições pelo excesso cometido, tal como lembrava-nos as antigas professoras do colégio: “o seu direito vai até onde começa o meu”.

José Cretella Júnior, em sua obra ¨Elementos do Direito constitucional¨ (1998, p.190), observa acerca dos limites da liberdade de expressão de forma peculiar e objetiva: “Pensamento manifestado é o declarado, o que se projeta para o mundo, tornando-se conhecido e, pois, gerando consequências jurídicas e sociais”.

Assim, me permitam apenas: “informação e entretenimento com responsabilidade”.

(Estadão)
Foto: Carlos Severo/ Fotos Publicas