Bicicletas ‘sem estação’ começam a rodar pelas ruas da capital paulista

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Enquanto os patinetes elétricos ainda engatinham em São Paulo, sua principal inspiração já dá as primeiras pedaladas na cidade: as bicicletas dockless (sem estação, em inglês) podem ser alugadas em qualquer ponto da cidade, por meio de um aplicativo de celular e com custo menor que uma passagem de ônibus.

O sistema começou com a Yellow, que opera 500 bicicletas desde o último dia 2. Até o fim do ano, porém, devem ser 120 mil magrelas, oferecidas por pelo menos três empresas diferentes. Por enquanto, a Yellow é a única a ter a licença da Prefeitura de São Paulo para rodar com o modelo. Ela disputa espaço, porém, com Tembici e Trunfo, que operam os programas de Itaú e Bradesco e têm estações delimitadas.

Para popularizar o conceito “sem estação”, a startup aposta na comodidade e no preço: 15 minutos de pedalada custam, em média, R$ 1. Sem citar números, a empresa se diz satisfeita com os primeiros dias. “Nossos números são melhores que os das principais empresas de compartilhamento de bicicletas nos países desenvolvidos”, diz Musa.

A ausência de rivais para a Yellow tem motivo: a Prefeitura paulistana ainda não liberou outras empresas que já pediram autorização para atuar, como a Serttel e a Mobike.

Veterana do mercado de bikes compartilhadas, a pernambucana Serttel já atua em 20 cidades da América Latina no modelo de estações fixas. Em São Paulo, porém, a empresa aguarda o aval da Prefeitura para colocar 200 bicicletas dockless espalhadas pela cidade. O projeto é um piloto para a empresa, que quer aprender na capital paulista e replicar o modelo pelo País.

Avaliada em US$ 3,4 bilhões, a chinesa Mobike espera o sinal verde da prefeitura para colocar 100 mil bicicletas na cidade, em seu primeiro ano de operação. “São Paulo é atrativa, porque é parecida com Pequim e não tem uma regulação proibitiva”, avalia Chris Martin, vice-presidente de expansão global da Mobike.

Foto: Júlio Zerbatto/AE