Presidente do TSE garante que as urnas eletrônicas são ‘confiáveis’

Único jornal diário gratuito no metrô

 

 

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, disse na tarde desta terça-feira, 18, que as urnas eletrônicas são “absolutamente confiáveis” e, desde a sua implantação, em 1996, até hoje não foi comprovado nenhum caso de fraude. Em transmissão ao vivo no último domingo, 16, o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, disse que as eleições de outubro podem resultar em uma “fraude” por causa da ausência do voto impresso.

“A grande preocupação realmente não é perder no voto, é perder na fraude. Então essa possibilidade de fraude no segundo turno, talvez até no primeiro, é concreta”, declarou Bolsonaro, que lidera as pesquisas de intenção de voto para o primeiro turno e vê risco de derrota em cenários de segundo turno.

As urnas eletrônicas começaram a ser usadas no país nas eleições municipais em 1996. Para Rosa Weber, é importante frisar que os equipamentos são auditáveis.

“Temos 22 anos de utilização de urnas eletrônicas. Não há nenhum caso de fraude comprovado. As pessoas são livres para expressar a própria opinião, mas quando essa opinião é desconectada da realidade, nós temos que buscar os dados da realidade”, frisou a ministra, em rápida conversa com jornalistas antes da sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

A presidente do TSE observou que, nas últimas eleições presidenciais, em 2014, o PSDB pediu uma auditoria, depois de o senador Aécio Neves (PSDB-MG) ser derrotado por uma pequena margem de votos para a então candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. “Nas últimas eleições presidenciais, houve uma desconfiança, o partido que no caso não saiu vencedor, expressou, requereu e o TSE abriu todos os dados e depois de um ano se constatou que de fato não havia nada. Elas são auditáveis”, afirmou Rosa.

 

Foto: FATIMA MEIRA/FUTURA PRESS