Brasil espera atingir o recorde de doação de órgãos até final do ano

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O Ministério da Saúde espera atingir, até o final do ano, o maior número de doação de órgãos desde 2014. Entre janeiro e junho deste ano a pasta registrou crescimento de 7%, em relação ao ano passado, no número de doadores efetivos de órgãos – aqueles que iniciaram a cirurgia para a retirada de órgãos com a finalidade de transplante.

O número de doadores no primeiro semestres passou  de 1.653  em 2017 para para 1.765 em 2018 e a expectativa é chegar a 3.530 até o final do ano. O Ministério da Saúde estima que vai alcançar recorde nos transplantes de fígado (2.222), pulmão (130), coração (382) e medula óssea (2.684), até o final de 2018.

Entre os órgãos que tem mais demanda do que oferta para doação, o pulmão é o que apresenta maior defasagem, segundo o presidente da Associação Brasileira de Transplante de Orgãos (ABTO), Paulo Pêgo Fernandes. A demanda potencial desse órgão para atender uma população de 210 milhões de pessoas seria de 1,6 mil doações.

“A maior defasagem teórica entre o número de transplantes realizados e o número de transplantes necessários é o de pulmão, é o que necessitaria aumentar mais a oferta. O transplante de pulmão exige mais atenção, poucos estados fazem. É um órgão que exige mais cuidado e tratamento mais adequado do doador”, explica Fernandes.

A expectativa é realizar 24,6 mil transplantes até o final do ano, sendo 8.690 de órgãos sólidos (coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim e pâncreas) – maior número dos últimos oito anos. Os transplantes de córnea apontam redução em 2018 em razão da redução da lista de espera em alguns estados. Amazonas, Ceará, Goiás, Pernambuco e Paraná são considerados em situação de lista zerada com relação ao transporte de córnea.

A lista de espera registrou queda de 6% em relação ao mesmo período ano passado passando de 44.005 parar 41.266 o número de pessoas que aguardam por uma doação de órgãos no país. Apesar da diminuição em relação ao ano anterior, a lista ainda está acima dos patamares atingidos em 2016 (41.052 ) e 2015 (41.236).

 

Foto: Elza Fiúza ABr