Novo protesto contra o aumento da tarifa em SP tem confusão e prisões

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O Movimento Passe Livre realizou nesta quarta-feira, 16, o segundo protesto do ano contra o aumento da tarifa do transporte público em São Paulo. A concentração do ato estava marcada para as 17h na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, mas, houve tumulto pouco depois das 18h. De rostos cobertos e escudos, policiais militares formaram um cordão em volta dos manifestantes que estavam posicionados na Praça do Ciclista, no sentido Consolação, e impediram que o grupo iniciasse a passeata.

Nas duas vezes em que os manifestantes tentaram caminhar, a Polícia Militar fez uma intervenção e não deixou o grupo progredir. Houve correria. Duas pessoas foram levadas para averiguação – uma em cada tentativa. No último corre-corre, uma bomba de efeito moral foi disparada em direção ao local onde estavam os profissionais da imprensa.

“Não houve reunião prévia. Nós estamos retendo o grupo até que as lideranças informem o trajeto para que a gente possa informar aos órgãos de trânsito”, afirmou o major Marcelo. No protesto da semana passada, também houve impasse sobre o trajeto da marcha. Os manifestantes queriam seguir para a Avenida Paulista enquanto a PM tentava impedir.

Às 18h39, o ato foi retomado e os participantes seguiram em caminhada pela Rua Consolação, que estava totalmente bloqueada no sentido Centro. Às 19h20, porém, pelo Twitter, a Polícia Militar afirmou que “dos manifestantes averiguados, apenas uma mulher será conduzida ao Distrito Policial “.

Nesta quarta-feira, acompanharam a manifestação mais de 20 viaturas da PM e um ônibus, com homens e mulheres da Força Tática, de Trânsito e da equipe de mediação. A estratégia de usar mediadores – inaugurada no protesto da semana passada – é para tentar evitar depredações e confrontos.

O preço da passagem de ônibus municipal em São Paulo passou a valer R$ 4,30 no dia 7 de janeiro. As tarifas do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) passaram a custar também R$ 4,30 no último domingo (13).

 

Foto: ADRIANA SPACA