Profissional armado em escola não é solução, diz secretário de educação

SP - COLETIVA- VELÓRIO-VÍTIMAS-MASSACRE-ESCOLA-SUZANO - GERAL - Rossieli Soares da Silva, Secretário da Educação do Estado de São Paulo, concede coletiva durante velório dos corpos das vítimas do massacre na Escola Estadual Raul Brasil, na Arena Suzano, no Parque Max Feffer, em Suzano (SP), na manhã desta quinta-feira (14). 14/03/2019 - Foto: MAURICIO SUMIYA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Um dia após o massacre em Suzano, na Grande São Paulo, o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, disse nesta quinta-feira, 14, que mais armas não vão resolver os problemas e que colocá-las nas mãos de professores pode provocar reações indesejadas. 

Rossieli afirmou ainda que o governo estadual já havia iniciado um estudo sobre segurança de escolas vulneráveis. E que os procedimentos de segurança, inclusive em relação a novos equipamentos, estão sendo reavaliados pela Secretaria. 

Ao ser questionado sobre as reações políticas ao ataque a tiros na Escola Raul Brasil em defesa da posse de arma por professores, Rossieli discordou. “Não acho que mais armas resolverão nossos problemas. Colocar arma na mão do professor pode ter determinada reação e muitas vezes nem sempre a melhor reação. É uma opinião pessoal, sem ser especialista. Não acho que mais armas vão resolver os problemas”, afirmou.

Para Rossieli, a tragédia é uma oportunidade para discutir a aproximação da escola com a família e a ampliação de espaços de debate com os alunos. Segundo o secretário, os procedimentos de segurança, de entrada e saída, serão revistos nas escolas estaduais.

Em relação à segurança das escolas, segundo Rossieli, já havia sido iniciada uma avaliação em unidades de ensino paulista “vulneráveis” por parte do governo. Sem entrar em detalhes, o secretário destacou que esta será uma das prioridades da pasta. 

Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou que os procedimentos de segurança em todas as 5,3 mil escolas serão revisados e está em estudo um projeto para reforço à segurança nas escolas mais vulneráveis. 

Foto: Maurício Sumiya AE