Brumadinho conta 58 mortos e 305 desaparecidos na tragédia

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No terceiro dia após o rompimento da barragem 1 da Vale no Córrego do Feijão, o número de mortos passou de 34 para 58 e o de desaparecidos, de 254 para 305. Os números atualizados foram divulgados em entrevista coletiva na noite deste domingo (27). Poucas horas antes, um segundo ônibus foi encontrado soterrado, com vítimas no seu interior. Até a conclusão desta edição, o número de corpos no veículo não havia sido divulgado.

Ainda neste domingo (27), a retomada das buscas ocorreu à tarde, depois que a Defesa Civil afastou o risco de um novo rompimento, desta vez da barragem 6, que guarda água da mineradora. Os moradores souberam do perigo às 5h30, quando foram acordados por uma sirene e retirados de casa.

Enquanto o esforço por localizar e resgatar vítimas continua, familiares e amigos enterram seus mortos, como a médica do trabalho Marcelle Porto Cangussu, a primeira vítima a ser identificada. Desde então, outros 18 mortos também foram.

Também neste domingo, a Justiça de Minas Gerais decretou novo bloqueio de recursos da Vale. Desta vez, o montante servirá para reparação de danos às vítimas da tragédia ocorrida na sexta-feira. No total, os bloqueios judiciais já somam R$ 11 bilhões, quantia que representa 48% do caixa da empresa, de acordo coma consultoria Necton. Para hoje, a expectativa é de um pregão na bolsa turbulento para a mineradora.

Se o número de funcionários mortos da Vale ultrapassar 69, o Brasil estará diante do maior acidente de trabalho da história do país, afirmou o procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Curado Fleury. O recorde atual é de uma ação decorrente da morte de trabalhadores durante o desabamento de um pavilhão em Belo Horizonte, em 1971.

 

Foto:Vilton Júnior AE.

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