COI admite que as eleições de sedes olímpicas podem ter sido compradas

Rio de Janeiro - Cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no Maracanã (Fernando Frazão/Agência Brasil)
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O comitê executivo do COI (Comitê Olímpico Internacional) reconheceu nesta segunda (11), durante a sessão da entidade em Lima, no Peru, que eleições recentes para definir cidades-sedes dos Jogos Olímpicos podem ter sido fraudadas com compra de votos de seus membros.

Em nota, ele afirmou estar “totalmente comprometido em proteger a integridade do esporte” e que vai agir contra quaisquer transgressores.

A entidade também disse que sua comissão de ética pediu a advogados que fizessem contato com autoridades brasileiras sobre a investigação da compra de votos em 2009, ano em que o Rio foi escolhido sede da Olimpíada de 2016. “A comissão de ética do COI tem acompanhado essa questão. Quando houver provas, vamos agir”, disse o COI.

O posicionamento ocorre na semana seguinte à Operação Unfair Play (“Jogo Sujo”), da Polícia Federal, que intimou Carlos Arthur Nuzman, 75, presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil) e do Comitê Rio-2016, a depor sob suspeita de agir como elo na suposta compra de votos.

O esquema envolveria Nuzman, o senegalês Lamine Diack, ex-mandatário da IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo), o filho dele, Papa Diack, e o empresário Arthur César de Menezes Soares. A investigação começou na França. Autoridades locais apuraram corrupção dos Diack e pediram ajuda às brasileiras quando chegaram ao nome de Nuzman.